sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Desplanejamento urbano
A procura por saúde, saneamento, segurança, educação, emprego e moradia, leva as pessoas ao "Êxodo Rural". Os que antes moravam em vilarejos ou fazendas afastadas da civilização, vão para as grandes cidades em busca da troca da enxada pela chave inglesa, da velha curandeira pelos médicos dos "Quarteirões" Hospitalares, da escolinha básica de turma única (quando tem) pelo maravilhoso Sistema Público de Educação, do poço de água turva pela maravilha que a cidade grande pode oferecer: a torneira! Do velho candeeiro bruxuleante pelos mágicos globos de luz elétrica, da espingarda para a segurança pessoal (sim, porque a base da Guarda Municipal mais próxima fica no centro da cidade) pelos altivos policiais metropolitanos, da centenária charrete pelos futuristas trens subterrâneos. Bem no estilo do filme "Jeca Tatu", de Mazzaropi. Enfim, as comparações são muitas, e a olhos forasteiros, a realidade pode até parecer isso tudo descrito nas linhas acima, mas não é!O crescimento demográfico nas regiões urbanas está aumentando de forma rápida, e consequentemente as regiões rurais não estão tão populares assim. Essa atração pelas áreas urbanas pode até parecer boa do ponto de vista do Capitalismo sedento por mãos-de-obra, das empreiteiras prontas para verticalizar geral e das pessoas que vêem um bom sinal para o progresso. Porém o único progresso é do regresso, por que as metróploles não estão prontas para receber um número grande de novos cidadãos, e a situação fica caóticamente multi-prejudicada. Os postos de atendimento médico ficam abarrotados de enfermos, que não conseguem ser atendidos com seus devidos Direitos Humanos. A falta de poder aquisitivo leva as pessoas viverem em comunidades carentes sem assistência sanitária, contribuindo para a proliferação de doenças e produção de esgoto sem tratamento. As grandes produções de lixo, acabam se tornando problema de saúde e ambiental. A grande circulação veicular provoca trânsito e muita emissão de gases poluentes. O transporte público seria a solução para esse último problema, mas ele é falho e não consegue atender todos os usuários com conforto e pontualidade. Todos esses problemas do cotidiano ainda levam a uma nova doença da modernidade: o estresse.Existem muitos projetos de solução para tratar todos cidadãos como devem ser tratados, porém a única explicação que o réris contribuinte ouve, é que estamos colhendo o fruto que outrora fora plantado de forma infeliz por "outras gestões".
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